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ASSISTENTES SOCIAIS NO COMBATE AO RACISMO.

ASSISTENTES SOCIAIS NO COMBATE AO RACISMO.
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“Houve um tempo em que lugar de negro era na senzala.

Hoje, trancam a gente na favela.

No Canindé, como em qualquer outra,

as bocas estão sempre famintas.

(Trecho do livro “Quarto de despejo”

da escritora negra Carolina Maria de Jesus)

 

O trabalho de assistentes sociais tem relação direta com as demandas da população negra que reside nos morros, nas favelas, no sertão, no campo e na cidade. Assistentes sociais estão nos serviços públicos como os de saúde, educação, habitação e assistência social, que devem ser garantidos para toda a população. O combate ao preconceito é inclusive um compromisso do Código de Ética dos/as Assistentes Sociais.

É importante lembrar que o aprofundamento da desigualdade, o aumento da violência e a retirada de Direitos, afetam especialmente a população preta em situação de pobreza; e mulheres e jovens que vivem em territórios periféricos.

"O direito à vida tem sido literalmente negado à maior parte da população negra desse país. As mortes violentas são a expressão mais visível disso, mas o direito à vida é negado de inúmeras outras formas: quando cresce a violência obstétrica, que afeta predominantemente mulheres negras sem acesso a consultas e exames pré-natais; quando o próprio Ministério da Saúde afirma que as chances de crianças negras morrerem por desnutrição são 90% maiores do que a de crianças brancas; quando 91% das famílias sem habitação nesse país se encontra na faixa de renda de até 3 salários mínimos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sabemos que, entre estas, a maioria absoluta é composta de pessoas negras", dzi trecho do CFESS Manifesta.

Portanto, para a/o assistente social é compromisso ético-político enfrentar o racismo no cotidiano de trabalho e nas lutas sociais, considerando também, outras expressões de desigualdade, especialmente de classe e gênero.

Assistentes Sociais atuam incansavelmente contra o preconceito, a discriminação, a desigualdade. Atuam por direitos, justiça e democracia, pela emancipação humana.

Nós Assistentes Sociais defendemos uma sociedade que seja mais justa, portanto, sem opressão e preconceito seja qual for ele: classe, raça, etnia, gênero e sexualidade.

Fonte : CFESS (Conselho Federal de Serviço Social)

http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1519